domingo, 19 de abril de 2009

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Da amizade

Querida Rute,

Sabes? hoje andei com a cabeça no ar à procura de uma nuvem que me deixasse ver um coelhito. Se calhar não era bem isso, era uma nuvem que me lembrasse a Srª Maria que vivia na quinta onde é agora a praceta onde brincam os miúdos em frente a minha casa. Na Páscoa ela escondia ovos de chocolates e pequenos sacos de amendoas entre as plantas da quinta e eu procurava-os entre as exclamações de frio, muito frio, quente a escaldar conforme a não ou aproximação do local do esconderijo.

Não encontrei nuvem que me deixasse ver um coelhito ou o lago de nenúfares que aquela quinta tinha. Ofereço-te o meu jacarandá com nuvem ao fundo. O meu jacarandá com semente. Porque mesmo sem nos vermos rego sempre a termura que sinto por vocês.